sábado, 17 de abril de 2010

Novo sistema de seleção da UFPel

O novo sistema de seleção da UFPel dá igualdade de acesso a todos os brasileiros, sem privilegiar os estudantes locais, como alguns querem. Concordo que devemos lutar para que os pelotenses ingressem na universidade, mas é através da melhoria no nosso Ensino Médio, do Pré-vestibular Desafio (UFPel), dos Pré-vestibulares nos Bairros (Prefeitura) e outras alternativas que qualifiquem nossos candidatos. Também concordo que as outras universidades do país, que não aderiram ao sistema, devem ser pressionadas, principalmente pelo governo e pelos reitores.
Pessoas de outros estados, e até mesmo outros países, vindo para Pelotas, trazem junto capital e movimentam nossa economia em vários setores. Sabemos que estes estudantes vão embora depois de formados, mas o mesmo aconteceria/acontece quando os estudantes são de Pelotas, a mão de obra qualificada tende naturalmente à ir para os pontos do país onde estão instaladas indústrias, que pagam impostos federais, que sustentam as universidades federais. Como muitos Pelotenses, eu gostaria que as melhores oportunidades de emprego estivessem aqui, mas impedir outros brasileiros de cursar uma universidade brasileira, instalada em nossa cidade, não vai atrair tais oportunidades. Temos é que trabalhar para o fortalecimento de nosso maior potencial, a geração de conhecimento (com a contribuição de todos), este sim é capaz de produzir um clarão tão intenso capaz de atrair uma outra realidade para Pelotas.

2 comentários:

  1. Concordo em partes contigo.
    O atual sistema, o SISU precisa de algumas reformulações para poder ser considerado justo.
    A possibilidade de alteração do curso pretendido, infinitas vezes, faz com que todos sejam prejudicados: os alunos que realmente pretendiam cursar determinados cursos, os alunos que se inscrevem e ingressam em qualquer curso sem nem saber o que é abordado por ele e, principalmente, a instituição que deixa de completar algumas vagas e que matricula alunos que em poucos meses terão abandonado o curso.

    Um exemplo: A pessoa está se preparando há 5 anos para um vestibular do curso de medicina. Ela não obtém a média para tal curso, então se matricula na biologia, na química ou na enfermagem por consideram serem estas áreas afins. Em poucos meses ou semestres descobre que estava enganado. Abandona o curso e aquele investimento de tempo e verba nunca será recuperado. enquanto o outro candidato que não está tão bem preparado quanto o primeiro, visto que seu curso almejado nunca foi tão disputado, perde a oportunidade de cursar aquilo que realmente quer.

    Devido a esta migração "louca", o curso para o qual dou aulas no IFRS aumentou sua relação candidato/vaga de 0,7 para 9,5 no último vestibular. Já foram feitas 7 chamadas, estamos no decorrer do segundo mês de aulas e as vagas ainda não foram preenchidas.
    O corpo físico e docente da instituição segue funcionando. O investimento é o mesmo para 60 ou para 40 alunos.

    Eu acredito que como está este sistema ainda não pode ser consideerado justo. Muita coisa ainda precisa ser reformulada.

    Abraços, amigo.

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  2. Fiquei motivado a escrever este texto após ver um debate na TV Câmara, em que alguns estudantes pediam que Pelotenses fossem privilegiados, enquanto alguns estudantes de fora da cidade usavam a palavra para defender seu direito de livre concorrência. Mas quanto a este ponto do "carrossel de opções de curso", concordo com você, ou o sujeito sabe o que quer ou deve esperar se decidir para prestar vestibular. A antiga ETFPel/Cefet também usou um sistema assim a décadas atrás, me parece óbvio que desesperados para ingressar na universidade algumas pessoas optam por cursos com os quais não tem afinidade, arriscando evasão nos antes do término ou a formação de profissional frustrado!

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